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segunda-feira, 17 de março de 2014

Cine Doroteu - 300: A Ascensão do Império

300: A ASCENSÃO DO IMPÉRIO * * ½
[300: Rise of an Empire, EUA, 2014]
Aventura
102 min

Mais brutal e violento que o original, agora em 3D, também é mais frouxo e sem qualquer impacto narrativo. Baseado na graphic novel de Frank Miller e Lynn Varley, “300”, dirigido por Zack Snyder em 2006, foi um sucesso instantâneo. Sua estética aprimorava outra produção saída dos quadrinhos de Miller, “Sin City”, realizada por Robert Rodriguez um ano antes. Ambas são exemplos exitosos de anticinema – está mais arte sequencial animada – e funcionam pelo material com o qual trabalham.

Nessa continuação, o material é fraco, o que torna a estética vazia e, com a violência celebrada pela terceira dimensão, gratuita. A única sacada do plot é fazê-lo atravessar o primeiro filme: aqui, os eventos acontecem paralelamente à campanha espartana comanda pelo rei Leônidas.


O fiapo de enredo escrito por Snyder e Kurt Johnstad se esforça tanto para arrastar uma trama mínima quanto para justificar a cada cinco minutos por que diabos há o número 300 no título. Sinto muito, mas não cola. Muito menos a discussão pobre da democracia ser conquistada com sangue. E põe sangue grosso em slow motion poetizando a violência videogamística.

Rodrigo Santoro retorna na pele dourada de Xerxes, mas sua ascensão como deus-rei é outra coisa difícil de comprar. Sai Gerard Butler e entra Sullivan Stapleton como Temístocles, que perde para os diálogos com frases de efeito os quais é obrigado a pronunciar.

A única que periga se salvar é Eva Green, na pele da vilã Artemísia, cujo ponto alto é a cena de sexo-briga-de-gato entre ela e Temístocles. Não posso esquecer o beijo que a personagem dá na boca de uma cabeça decapitada.

Dirigido sem personalidade por Noam Murro, que apenas faz o máximo para emular o estilo imposto por Zack Snyder, inegavelmente há quadros belíssimos, alguns estonteantes, num filme com moldura apenas reutilizada.

Eu só queria entender a lógica dos nossos cinemas ao vetarem a exibição de um filme como “Ninfomaníaca”, descrito pela gerência como “forte demais para o público teresinense”, mas achar normal a extrema violência e degradação humana da maneira mais gráfica possível. Algo anda muito errado com os valores do mundo pós-moderno.

Monteiro Jr.

Péssimo * Desastre * ½ Fraco * * Assistível * * ½ Bom * * * Acima da média * * * ½ Ótimo * * * * Quase lá * * * * ½ Excelente * * * * *

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